CORONAVÍRUS - COVID19 E DOENÇAS ALÉRGICAS
28 DE JUNHO A 04 DE JUNHO
Características da COVID 19
- Causada pelo vírus SARS CoV 2.
- É um novo vírus, detectado em Wuhan, na China, em dezembro 2019, que apresenta alta contagiosidade.
- O nome COVID vem de Corona Virus Disease e 19, por ter sido descrita em 2019.
- A principal forma de contaminação é de pessoa para pessoa, através de gotículas de saliva, espirros, tosse ou contato direto.
- Pode haver disseminação através de superfícies com secreções de pessoas contaminadas
Manifestações clínicas da COVID 19
- As manifestações são variadas e incluem manifestações respiratórias, cutâneas, cardíacas, digestivas, renais, sanguíneas, neurológicas, além de outras.
- Cerca de 80% das pessoas infectadas têm quadros semelhantes ao da gripe comum (síndrome gripal), necessitando apenas de isolamento. 20% das pessoas apresentam quadros respiratórios que necessitam de assistência médica. Entre estas, 5% têm maior gravidade, evoluindo para a Síndrome Respiratória Aguda Grave e necessitando internação em unidade de terapia intensiva, com uso de respiradores.
- A morte parece ocorrer em torno de 3%.
- Febre alta ou baixa, calafrios
- Tosse
- Falta de ar
- Perda ou diminuição do paladar e do olfato
- Sensação de fadiga
- Dor de garganta
- Obstrução nasal
- Perda de apetite
- Náusea, vômitos, diarreia
- Dor em músculos e articulações
- Dor de cabeça
Quadros mais graves:
- Febre alta
- Abatimento, prostração
- Dificuldade intensa para respirar
- Coloração azulada na pele, lábios e unhas
- Tosse com sangue
- Convulsão
- Dor torácica persistente
- Pulso irregular
- Diminuição da urina
Asma Alérgica e COVID-19
- A asma alérgica não foi comprovada como um fator de risco, desde que controlada.
- Pessoas com asma alérgica não são mais propensas a adquirir a infecção pelo coronavírus, porém podem desenvolver complicações respiratórias.
- Os medicamentos para tratamento da asma alérgica devem ser continuados, sempre com supervisão médica.
- Preferir uso de sprays. Nebulizadores devem ser evitados durante a pandemia.
Dificuldade: em paciente com asma alérgica, a falta de ar deve ser diferenciada entre crise de asma e COVID 19.
IMPORTANTE: não interromper os medicamentos inalados prescritos para o tratamento de controle da doença . O maior problema é a asma sem controle adequado
Rinite Alérgica e COVID-19
- A rinite alérgica é uma doença frequente. Os sintomas podem ser confundidos com resfriados e gripes, incluindo a COVID 19.
- Perda ou diminuição do paladar e do olfato podem ocorrer na rinite alérgica e na COVID 19. O início abrupto destas alterações é característico da infecção por coronavírus.
- A rinite alérgica pode provocar muitas complicações e agravar a asma. Por isso, o tratamento deve ser mantido, com orientação do alergista.
- Não interromper o spray nasal para controle da doença.
IMPORTANTE: não interromper os medicamentos prescritos para o tratamento da rinite alérgica.
Conjuntivite alérgica e COVID-19
- A conjuntivite alérgica pode se associar à rinite ou ocorrer isoladamente. Manifesta se por: lacrimejamento, prurido intenso e vermelhidão da conjuntiva.
- Na COVID 19, os sintomas são semelhantes aos da conjuntivite alérgica. Porém, surgem também febre, mal estar, dores no corpo, como já citado.
- Ressalta se que o coronavírus pode ser transmitido por secreções oculares.
IMPORTANTE: Durante a COVID 19 com sintomas oculares é importante: não coçar os olhos e evitar lentes de contato, se possível.
Anafilaxia e COVID-19
- Anafilaxia é uma situação de urgência máxima em alergia, que necessita atendimento de emergência.
- Por isso, o paciente e seus familiares devem estar orientados para medidas de prevenção do coronavírus, ao procurarem atendimento hospitalar de urgência.
- Em caso de anafilaxia, o uso da adrenalina é imperativo, seguido de atendimento em hospital.
IMPORTANTE: A anafilaxia exige uso imediato de adrenalina intramuscular e atendimento médico em local de emergência hospitalar.
Imunodeficiências e COVID-19
- As Imunodeficiências Primárias ou Erros Inatos da Imunidade constituem um grupo de doenças em que a pessoa nasce com menor defesa do organismo. Estas doenças devem ser acompanhadas pelo imunologista, avaliando se o tipo da alteração apresentada por cada paciente. Alguns destes Erros Inatos da Imunidade têm menor defesa frente às infecções virais, provavelmente incluindo o coronavírus.
- O Angioedema Hereditário pode ser exacerbado por infecções virais, além de vários outros fatores, como os emocionais. Mas, em termos de gravidade do processo infeccioso, parece não ser um fator para infecção mais grave por coronavírus.
IMPORTANTE: Portadores de Erros Inatos da Imunidade devem continuar com o acompanhamento médico durante a prevenção da COVID 19. As medidas de prevenção para coronavírus devem ser ainda mais rigorosas.
Alergia a medicamentos e COVID-19
O tratamento dos sintomas do COVID 19 inclui o uso de antitérmicos, analgésicos, anti inflamatórios, além de antibióticos, nos casos em que há infecções associadas.
- As pessoas alérgicas a analgésicos como a aspirina e a dipirona, tendem a apresentar reação também com anti inflamatórios. Por conta disso, é importante que você mantenha consigo uma lista com os nomes dos medicamentos a serem evitados.
- A alergia a antibióticos, em especial à penicilina pode interferir na escolha do tratamento.
IMPORTANTE: Caso tenha necessidade de atendimento em setores de emergência, não se esqueça de comunicar quais os medicamentos que têm alergia.
COVID-19 Manifestações na pele
- As manifestações na pele podem surgir em cerca de 20% dos casos de COVID 19.
- A forma mais frequente é o rash cutâneo: erupções avermelhadas na pele que podem se acompanhar de prurido (coceira). Mas, também são descritas: urticária, vesículas, manchas azuladas na pele (“ livedo ”), alterações de pontas de dedos das mãos e dos pés, entre outras.
- As lesões de pele aparentemente não têm relação com a gravidade e geralmente desaparecem com a melhora da doença.
IMPORTANTE: algumas crianças com COVID 19 podem ter apenas lesões de pele, sem sintomas respiratórios.
Urticária e COVID-19
As pessoas com urticária crônica não apresentam maior risco para infecção por coronavírus. O tratamento com as medicações usadas no controle da doença (antialérgicos, imunobiológicos, imunossupressores) não deve ser interrompido.
- Cerca de 20% de pacientes podem apresentar urticária aguda como sintoma de COVID 19: placas pruriginosas e avermelhadas na pele, de localização variável com duração fugaz. Algumas pessoas podem ter angioedema: inchaço de lábios, olhos, face e outras regiões.
- Por outro lado, urticária e angioedema também podem surgir como consequência do uso de medicamentos para o tratamento da COVID19.
Dermatite atópica e COVID-19
A dermatite atópica não é fator de risco para COVID 19.
- A necessidade de álcool gel, o uso excessivo de detergentes, sabonetes inadequados, bem como o número aumentado de banhos podem ser agravantes da dermatite atópica, necessitando de maior hidratação da pele.
- Pessoas que fazem uso de medicação com efeito imunossupressor ou de imunobiológico, devem manter o tratamento, aumentar os cuidados com a prevenção para coronavírus e continuar com o acompanhamento médico.
Alergia ao látex e COVID-19
A alergia ao látex resulta do contato direto com produtos de látex ou pela inalação de partículas, gerando sintomas variados que podem ser respiratórios, cutâneos entre outros. Algumas pessoas mais sensíveis podem evoluir para reações graves, como asma ou uma reação anafilática (alergia grave e generalizada). Por isso, recomenda se:
Informar ao médico se apresenta histórico de alergia ao látex
- Nestes casos, usar luvas e outros produtos alternativos ao látex .
- Nos casos de anafilaxia o tratamento de escolha é a adrenalina intramuscular na face lateral da coxa.
Dermatite de contato alérgica e COVID-19
A dermatite de contato não é fator de risco para COVID 19.
- O uso repetido de produtos na pele, como por exemplo, sabões, produtos de limpeza, álcool gel e outros , pode provocar ou agravar a dermatite de contato, com coceira intensa, vermelhidão, ressecamento, descamação e eczema.
- Pessoas que necessitam uso de máscara por tempo prolongado podem apresentar eczema e irritação facial. As máscaras devem ser preferentemente de tecido de algodão e lavadas com sabão neutro.
- O uso de luvas também pode gerar sintomas, em especial nas pessoas sensíveis ao látex.
Tratamento das doenças alérgicas e COVID-19
Medicamentos para as alergias durante a pandemia
- Antialérgicos podem ser usados, conforme a orientação médica.
- Medicamentos inalados contendo corticosteroides (sprays para asma, sprays nasais):
podem ser mantidos, conforme a prescrição médica . - Corticosteroides orais: podem ser mantidos, com supervisão médica para possível
revisão da dose. - Imunoterapia alérgeno específica (vacina para alergia): pode ser mantida, devendo ser
suspensa no caso do paciente contrair coronavírus. - Imunobiológicos e Imunossupressores usados em algumas doenças, como na asma,
urticária crônica, dermatite atópica. Podem ser mantidos, sob supervisão médica . Caso
tenha sintomas de COVID, comunique ao seu médico
IMPORTANTE: O tratamento da alergia não deve ser interrompido durante a prevenção da COVID 19. As dúvidas devem ser esclarecidas com o alergista que acompanha cada caso.
Vacinas para alergia e COVID-19
- A imunoterapia específica com alérgenos é conhecida popularmente como “vacina para alergia”. Atua diminuindo a sensibilidade a determinadas substâncias e reconhecida atualmente como uma das mais eficientes formas de tratamento do indivíduo atópico (alérgico).
- O uso regular e prolongado deste tratamento diminui a sensibilidade aos diversos alérgenos como: ácaros da poeira, pólens, fungos do ar e veneno de insetos, modificando o curso natural da doença.
- As alterações imunológicas promovidas pela imunoterapia específica não causam aumento do risco para a infecção pelo coronavírus e não implicam em maior gravidade
Cuidado com as "Fake News"
Exemplos de Fake News:
“A máscara não me deixa respirar e diminui o oxigênio”
- “Vitaminas evitam o coronavírus.”
- “Lavar narinas com soro fisiológico previne a COVID-19”
- “O uso do corticoide para o controle da asma me deixa mais
predisposto à infecção pelo coronavírus”
IMPORTANTE: É necessária atenção com notícias falsas porque frequentemente levam a um prejuízo da saúde.
Orientações gerais para doenças alérgicas e COVID-19
- Usar máscara quando for necessário sair de casa.
- Isolamento social.
- Lavar as mãos com água e sabão, durante 20 segundos ou higienizar com álcool gel 70%.
- Evitar tocar olhos, nariz e boca antes de lavar as mãos.
- Usar lenços descartáveis para tossir ou espirrar.
- Ao tossir, proteger a boca com o antebraço e nunca com as mãos.
IMPORTANTE: Manter o tratamento prescrito para a asma, rinite alérgica, conjuntivite alérgica, dermatites alérgicas e erros inatos da imunidade, conforme prescrições até o momento, além de manter o acompanhamento médico.
COVID-19: Orientações gerais
Isolamento em casa: evitar ácaros e fumo
A permanência demorada no isolamento domiciliar certamente aumenta o contato com os ácaros da poeira domiciliar, causas frequentes de sintomas de alergias respiratórias. Por isso devem ser seguidos os seguintes itens:
Limpeza diária da casa, evitando produtos com odor ativo.
- Utilizar álcool na limpeza de superfícies.
- Combater focos de umidade e mofo.
- Banhos nos animais de estimação para retirada dos ácaros.
- Combater o fumo, em especial no domicílio.
IMPORTANTE: Manter as medidas que evitam ácaros e fumo para poder controlar a doença alérgica.
Comissão de Assuntos Comunitários da ASBAI
Maria de Fátima Epaminondas Emerson
Coordenadora
Daniel Strozzi
Eduardo Magalhães de Souza Lima
Kleiser Aparecida Pereira Mendes
Lorena Viana Madeira
Maria das Graças Martins Macias
Rosa Maria Maranhão Casado
Wilma Carvalho Neves Forte